Onde se fala sobre o que acontece na pacata aldeia de São Cipriano!
Parte II - Presente
A partir dos anos 80 do século passado, como acontecera nas principais cidades portuguesas e espanholas, o mito do betão armado chegou ao Alto Minho e Galiza. No Minho tornou-se típica a construção de moradias com rés-do-chão em alvenaria de pedra, em alguns casos reabilitado da estrutura antiga da casa, e primeiro andar com estrutura de pilares e vigas em betão armado.
Curiosamente, de há uns anos para cá, a tradicional construção com alvenaria de pedra irregular é posta a descoberto com a extracção de rebocos grosseiros em algumas casas antigas.
Actualmente, as construções são integralmente realizadas com estrutura reticulada em betão armado preenchida com alvenaria cerâmica tosca. A pedra é agora utilizada sobretudo como material de revestimento em finas placas que se fixam ao grosso das paredes, como é exemplo a construção de moradias altas em Salvaterra do Minho.
Este “novo” sistema construtivo – o betão armado, embora potenciando a arquitectura e a construção em altura, nem em todos os aspectos mostrou vantagens. Com efeito, são conhecidas inúmeras tipologias que afectam as estruturas em betão, em especial a fendilhação. Um exemplo típico que contrasta a susceptibilidade à fendilhação entre estruturas novas e antigas é a construção de sacristias anexas a igrejas em alvenaria de pedra, em que as fendas activas nas primeiras são antagónicas à arrogância estática das segundas.
20 de Dezembro de 2008 © Direitos de autoria de Rui Marques.
N.º 5
Pesca da truta desde a margem
A primeira técnica conhecida para a captura de peixes foi a utilização das mãos, analogamente ao que fazem os ursos para caçar os salmões. Quando o homem primitivo aprendeu a trabalhar a pedra, este utilizou lanças para capturar os peixes, como fazia sobre a sua caça em terra. Apenas mais tarde foi introduzida a utilização de uma vara com uma linha pendurando um anzol como técnica de pesca. O engenho do homem permitiu que fossem depois inventados o carreto, iscos artificiais, e outros instrumentos que, aliados ao lazer que esta actividade proporciona, potenciaram a divulgação da pesca da truta. No entanto, o segredo da pesca truteira não reside essencialmente nas ferramentas usadas, mas sim na perícia com que se usam, e também numa série de outros factores, tais como a escolha do isco, técnicas de camuflagem, o conhecimento sobre os costumes da truta, etc., apurados pela experiência. Desta forma, apresentam-se seguidamente algumas recomendações para a pesca da truta desde a margem:
1.º Na escolha do horário de pesca devem ser tidos em conta os factores meteorológicos, e se possível igualmente os astronómicos, escolhendo os períodos de pesca solunares.
2.º Devem ser utilizados aparelhos de pesca adequados à técnica de pesca usada, nomeadamente cana, carreto e iscos.
3.º Deve-se dominar a camuflagem, parecendo invisível para as trutas, utilizando para isso roupas adequadas e mantendo o afastamento do rio.
4.º O pescador deve colocar o isco nas zonas em que se espera a presença da truta, nomeadamente em águas paradas e profundas, e junto às margens.
5.º Deve-se apurar a técnica de manuseamento dos aparelhos, particularmente o lançamento do isco.
O principiante na pesca da truta não se deve sentir frustado e derrotado pelo insucesso nas suas primeiras jornadas, pois a paciência e a experiência são as duas virtudes mais importantes na pesca de espécie tão esguia.
3 de Janeiro de 2009 © Direitos de autoria de Rui Marques.
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